Hoje, neste dia de S. Martinho, de 2012, o Ventor perguntou-me se eu, o gato vira-latas, que ele, um grande chato, chama de Pilantras, era capaz de imitar o Quico e, por isso, sou eu, esse mesmo Pilantras, que vos vou desejar que, neste S. Martinho, todos tenham castanhas.
Eu nem sei o que isso é! Não sei eu mas sabia o Quico e o Ventor que me está a ensinar tudo, quer que eu seja exactamente como era o Quico!
O Quico não gostava de matar nada nem as larvas das castanhas mas, eu, um reles vira-latas, aprendi, mal nasci, a matar tudo. Por isso, se calhar, o Ventor nunca irá gostar de mim como gostava do Quico.
Mas, isso, serei eu que deverei aferir com o tempo.

Tenho conversado por aqui com os amigos do Quico e do Ventor, como o Mr. Pingas, o grande cisne que chegou a encantar a Amadora, com o Tobias, o melro chato que nunca consegui apanhar e ainda bem que isso não aconteceu senão, o Ventor já me tinha matado!
Agora que caminho por aqui, ao lado do Ventor, como o seu amigo caminhava e já que ando a preparar-me para imitar o Quico e, como sei que o Ventor irá gostar disso, começo por, sendo o dia de S. Martinho, observar o que o Quico gostava que acontecesse com as castanhas e a água-pé mas, como sei que o Ventor ficou muito chateado quando perdeu o Quico, irei tentando animá-lo, como o Quico fazia e, comecei por iniciar a minha leitura das castanhas para todos. Mas fixei melhor o que o Ventor escreveu no ano de 2009, o ano em que perdeu o Quico, nos seus votos de Castanhas para Todos, como está aqui http://quicoarreliado.blogs.sapo.pt/86745.html. neste post.
A lenha estava preparada para assar as castanhas, como já tinha estado preparada para fazer o almoço num fogão de lenha, produto alemão, Made in China. Depois não querem que haja crise! Mas deixem lá que os alemães também vão conhecer o pão que o diabo amassou!
Preparar um dos braseiros para assar as castanhas. Serviu também para as senhoras mais friorentas aquecerem o rabo e afastá-lo da fresquidão orijanada pelas sombras das nuvens que passavam sempre que Apolo, o amigo do Ventor, se esquecia que ele andava por ali
Aqui, como vêm, eles estão a assar castanhas mas já havia outras assadas e todos comiam, disse-me o Ventor
Hoje, fiquei só em casa enquanto alguém, imitando os votos do Quico e do Ventor, ofereceu as castanhas aos seus amigos e, entre esses amigos, estarão, certamente, o Ventor e a minha dona. Eles foram convidados para comerem, juntos, as castanhas, ali pela serra da Arrábida, com água pé de Palmela. Segundo o Ventor me contou, ficou encantado com aquele belo mundo de milhares de sobreiros, com as carrascas como aquelas que há pela sua bela serra de Soajo, com o tojo, ainda florido, com os medronheiros cheios de medronhos, com os porcos que caminharam pelo mato ao lado do Ventor.
Um barril com 50 litros de água-pé, feita com as belas uvas de Palmela. Diz o Ventor que era mesmo água-pé, não era nenhuma mistela como a que se arranja por aí
É um sítio que o Ventor não viu velhos amigos mas que sabe que ainda existem por lá, como raposas, texugos, ginetes, javalis e muitos outros da espécie alada, além de coelhos, muitos coelhos e perdizes.
Mas o Ventor foi lá, apenas para almoçar, comer castanhas e beber água-pé. Por isso, em vez de falar dos animais, como o Quico fazia e, como espero vir a fazer, hoje apenas falo das castanhas e da água-pé como o Quico faria.