Domingo de Páscoa
O dia aqui está lindo!
Muita gente precisará deste solinho que eu e o Ventor temos aqui. Nem todos por esse mundo fora terão um solinho destes.
Muitos terão muitas amêndoas, outros terão 2 ou 3 mas, se calhar, muitos mais nem as verão!
Ou eu ou o Ventor, temos desejado aqui, castanhas para todos pelo S. Martinho e, também nesta Páscoa, ele e eu, gostaríamos que todos tivéssemos amêndoas!
Para aqueles que não têm, eu vou fintar o Ventor!
Ele pediu-me para mandar 3 amêndoas para cada um de todos que por aqui têm passado e também para todos que ainda não passaram. Mas, como sabem, está na hora da minha sorna e, como temos aqui um belíssimo hóspede, o Rafinho da Joana, vou dizer ao gajo que passei estes anos todos a distribuir amêndoas e, por isso, este ano, terá de ser ele.
Se o Ventor sabe que ponho um hóspede a trabalhar, mata-me! Mas o gajo prometeu-me que não lhe dizia e até me disse que, se isso é função do coelhinho da Páscoa, porque teria de ser um gato rançoso a fazê-lo. Já viram o que ele me chamou? Gato rançoso!
E agora como faço? Como faço o transporte das amêndoas? Quem me mandou a mim meter-me com um gato, cheio de ronha? Ainda por cima nem posso perguntar ao Ventor como se faz isto. Ainda o outro dia cheguei a este mundo já estou metido em apuros! Porque não fiquei antes a guardar a jinginha de Óbidos que ofereceram ao Ventor! Bem o melhor é começar por um lado. Como é que o Quico diria? Ah! Cá vou eu Maralhal!
Mas quando o Rafinho souber as amêndoas que vai ter de distribuir, passa-se!
Tu, tu e tu, e catu e mais tu ... tomem as amêndoas do Ventor
Por isso, meus amigos, não digam ao Ventor que eu fiz que este nosso hóspede se transforma-se em coelhinho da Páscoa. Aceitem as amêndoas que ele é porreiro! Malcriado, mas porreiro!
Beijinhos para as senhoras e abraços para os cavalheiros.
E uma Páscoa Feliz para todos.
Ah!!! Tratem bem o Rafinho!