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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

As Joaninhas de Salamanca

O Ventor a caminho dos Picos da Europa.

Tal como nos seus tempos da Força Aérea é assim que ele gosta. Passeios em forma de raids. Nestes casos, um raid para o Ventor é nunca dormir duas vezes no mesmo sítio! Assim, como quando um avião faz um toca e anda na pista, não dá para parar!

Mas olhem, ele permitiu que fosse eu a fazer a descrição e a falar das belezas da sua última caminhada pelo reino de Espanha, especialmente, pelo Principado das Astúrias!

E eu seguindo tudo o que lhe ouvi e, sabendo que ele gosta muito das nossas amigas Joaninhas, é por aqui que começo. Pelas Joaninhas de Salamanca!

Joaninhas, belezas do Ventor

Estava calor, por isso, o Ventor e seus companheiros de caminhada, encostaram-se à sombra de um choupo, onde beberam uns sumos e comeram umas sandochas, incrustados naquela bela e fresca sombra que serviu, por algum tempo, de escudo contra o seu (e nosso) amigo Apolo. Mas o Ventor nunca deixa de dar uma olhada por estes locais, que ninguém, ou muitos poucos, se lembram de observá-los.

Nesse momento, o Ventor recordava uma conversa que várias vezes teve com um amigo seu em que ele lhe dizia que, em tempos, se sentaram à mesa de um restaurante em Salamanca e, ao lerem o Menu, verificaram que havia cabrito assado no forno. Pediram o cabrito, comeram e empanturraram-se com aquele cabrito que lhe tinha parecido uma delícia. Levantaram-se, pagaram e beberam mais um brandy Osborne, como se metessem gasolina para ganhar folgo na arrancada de "retuerno" à Pátria das Quinas.

O homem do restaurante perguntou-lhes se tinham gostado do almoço e todos disseram que sim, que estava óptimo.

O "tasqueiro" sorriu e disse-lhes que sempre achou que a "zorra" passava bem por um belo cabrito e, se ele gostava, porque seria que os portugueses não haveriam de gostar também?!

Ia começando ali uma zaragata, porque o amigo do Ventor chateou-se e disse que os espanhóis eram todos filhos da tal senhora que ...

Mas enfim! ... Saíram revoltados do restaurante e cá fora, ele voltou a repetir que eles, os espanhóis, eram todos filhos dessa mãe desnaturada! Apareceu outro espanhol, junto deles, a tentar saber o que se passara para estarem tão revoltados e tão insultuosos para com os seus conterrâneos. Eles explicaram a tramóia e o espanhol identificou-se como um graduado da Guardia Civil e disse-lhes que estavam cheios de sorte porque a "zorra" era um prato muito apreciado pelos lados de Salamanca e nem todos tinham acesso a ele! Pensou que tinha sido coisa pior!

Conversa daqui, conversa dali, o da Guardia Civil ficou amigo deles e disse-lhes que, quando voltassem a Salamanca o procurassem pois que mais ninguém lhes serviria "zorra" dizendo que se tratava de cabrito.

Para os menos atentos, "zorra" significa raposa e, segundo afirmaram ao Ventor, era um belo prato noutros tempos em que haviam poucos cabritos e muitas raposas por aquelas bandas.

Visão de Salamanca a partir da E80, que pode levar tudo rumo à Europa de além Pirenéus

Lembrando-se desta conversa, o Ventor achou por bem escudarem-se no choupo e comerem alguns petiscos ligeiros por ali arranjados pela minha dona e pela avó do Tomás. Mas, ao mesmo tempo, teve oportunidade de ser saudado por duas cotovias, por um chasco e outros mas, especialmente, por centenas de joaninhas.

O Ventor nunca na sua vida tinha visto tantas joaninhas juntas, a pastarem os pulgões nuns tipos de cardos altos cheios desses minorcas.

Claro que as joaninhas o convidaram logo para que ele partilhasse do seu almoço, mas o Ventor agradeceu a sua generosidade, ao mesmo tempo que pensava que se formou escudo contra "la zorra", antes "zorra" que pulgões!

Mais um raid sobre o centro da cidade de Salamanca e ala que se faz tarde, direitos a Valladolid para uma curta olhada e continuar pela E80, rumo a Burgos, a terra em cuja Catedral jaz, para sempre, o seu amigo Cid, El Campeador!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

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