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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

A Poupa

Não! Não é nenhuma poupa desgrenhada de qualquer ser, tipo ... em forma de  homem, mesmo que desenhada, em papel, como a poupa do Tin-Tin.

É mesmo uma poupa!

Uma ave como esta. Pode ser vista com uma imagem maior aqui no meu Fotoblog

 

Esta poupa foi surprendida pelo Ventor. Ele viu-a esvoaçar para trás de uns juncos e ele aproximou-se com passadas de leopardo. Quando o ventor calculou onde ela estaria, levantou a cabeça por cima dos juncos e lá estava ela no carreiro. Ficaram os dois parvos a olharem-se. Depois ela disse ao Ventor que ele não passava de um humano e, como tal teria de partir. Não chegaram a fazer amizade!

Eu não a conhecia, mas desta vez o Ventor quis recolher algumas fotos para eu apreciar. E não é que fiquei encantado com esta penuda!

Na verdade, o Ventor foi fazer umas caminhadas pelos Algarves e, nessas caminhadas, ele dedicou boa parte do seu tempo a tentar estudar alguns penudos, especialmente uns três que, pela Primavera, demandam territótio lusitano. Depois disse-me que iria trazer algumas fotos para eu me entreter, mas por fim achou muito difícil tirar fotos àqueles bichinhos que têm tanto de lindos como de medrosos e passam a vida a fugir. Pois é! Qual o bicho que não foge da espécie humana?

Ela aí vai!

Mas o Ventor contou-me e eu fiquei a saber como é mais ou menos a vida das poupas neste planeta azul.

Tal como as andorinhas, o abelharuco, o rolieiro, a codorniz, etç., a poupa é um dos animais alados que nos invade vinda do sul. Elas vêm de África e fazem ressoar o seu canto pelos bosques e pelos prados esvoaçando aqui e ali recortando a sua curiosa silhueta com a crista aberta, constituida por penas malhadas e escuras na extremidade. Ela pousa sobre os ramos das árvores de onde desce para cima dos muros e destes para o chão onde passa muito do seu tempo à procura dos alimentos.

Mas elas são uma beleza alada ...

A poupa tem um bico bem comprido, um pouco encurvado e mole, adquado para apanhar os insectos, vermes, aranhas e outros bichitos, base da sua alimentação. Elas nidificam nos buracos das árvores e das pareces e até em edifícios. Por vezes fazem um rodilhado de ervas e penas onde põem 5-8 ovos e, durante os 18 dias de incubação, o macho alimenta a sua companheira de caminhada que permanece, no choco, sobre os ovos, ficando também, com os filhotes nos primeiros dias e, só depois, faz companhia ao macho na angariação de alimento para a sua prole.

Após 20 a 30 dias de idade, os jovens poupas abandonam o ninho, começando a aprender, na companhia dos seus pais, como se faz pela vida. No Outono, as poupas que, pela Primavera, vieram de África nidificar à Europa, embalam a trouxa e regressam aos seus quartéis de Inverno instalados pelo continente negro. No entanto, na Penísnsula Ibérica, por razões que só a razão conhece, permanecem sedentárias algumas poupas que migraram e adaptaram-se ao nosso meio ambiente.

As poupas possuem uma arma de guerra, a "glândula uropigial" que produz uma secreção de odor nauseabundo e constitui uma defesa eficaz contra alguns dos seus predadores.

Como vêm, é fácil. Vêm da África, instalam-se nalguns locais da Europa entre eles o Algarve, e fazem as suas casotas de verão, especialmente, para terem os seus filhotes. No fim do Verão, ei-las de volta para o mundo do lazer.

... são, não são?

Tudo isto, ok!

Mas agora esqueçam as poupas e concentram a vossa imaginação, no Ventor. Ele aí vai, por trilhos conhecidos e desconhecidos, pelos algarves de barlavento e de sotavento, caminhando alegremente nos domínios do nosso amigo Apolo, ... tira chapéu, põe chapéu, tiira chapéu, põe chapéu ... um frete, porque o Ventor não gosta de chapéus! Com isso as poupas, dirão: «o gajo não bate bem da tola! Será por causa do chapéu ou estará zangado com Apolo? Nah!  O Ventor não se zanga com Apolo! Se calhar passa a vida a tirar-lhe o chapéu»!

A verdade é que as poupas, entusiasmadas com as chapeladas do Ventor, se distraíam e, sem querer ou não, deixavam que ele fosse tirando uma ou outra foto. Agora imaginem como seria quando o Ventor se aproximasse das poupas apanhando-as desprevenidas e obrigando-as a pôr a sua "máquina de guerra" em funcionamento! Será que aquela glândula epigial será tão efricaz que obrigasse o Ventor a fazer uma retirada total?

Acho que nunca iremos saber como seria!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

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