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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

A Flor da Cera

Às vezes falamos muito daquilo que nos incomoda, que nos causa tristeza, que nos causa vómitos. Por exemplo, o facto de o Governo feito por um grupo de homens cegos, de homens incompetentes, de homens incapazes, de homens tecnocratas no pensamento, mas incapazes até de saberem aplicar essa forma de se estar na política, que mais parecem um grupo de malfeitores que chegam ao cúmulo de acusar quem lhes paga de responsabilidades por pagarem um consumo de energia mais barata do que deviam ...

Digam lá que esses homens que permitem que permaneça no seu seio um desses seus convivas, não são incompetentes? Que permitem usar todos os meios na busca de dinheiros, para tal, até o assalto aos Deficientes ...

digam-me lá, se não são incompetentes?

Digam-me lá se não seria melhor o povo pagar o que esse Maralhal realmente merece, em vez de pagar a electricidade cara para alimentar tanta chulice?

Digam-me lá porque andamos constantemente a ser enganados, a ser aldrabados, a votar ... pronto, Ventor! Prometo falar do que te disse que falaria. Este Ventor não deixa passar nada, é melhor eu ir falar da nossa «flor da cera»! 

É que eu acho, tal como o Ventor, que devemos falar, também, daquilo que nos alegra, que nos dá felicidade que, a sua presença, nos permite caminharmos num mundo melhor. É o caso da nossa «flor da cera».

O Ventor não me sabe dizer como se chama - diz que é a «flor da cera»!

Um dia, há trinta anos, o pai do Tomás, muito pequenino, segundo me disse o Ventor, trouxe uma "bia" para a avó. Era assim que ele chamava às flores.

Era uma folhinha verde, mesclada de pintas brancas, que foi colocada na água, enraizou e depois foi enterrada na terra de um vaso. Pegou, cresceu e fez companhia à família durante 30 anos e, os últimos 10 a mim também.

É uma planta de interior com umas folhas de verde lindo. É uma espécie de trepadeira que acompanha a parede da varanda, agarrando-se aqui e acolá e, já enfeitou  com a sua beleza, o meu Miradouro.

Antigamente, o Ventor ocupava o meu Miradouro com fetos que se debruçavam onde eu me debruço agora. O Ventor abdicou do verde dos fetos que fazia contraste com o verde mais escuro das folhas da "flor da cera". O Ventor chegou a ter fetos pendurados sobre os seus livros na estante e também dos tectos das varandas!

Ele diz que mais bonitos que os seus fetos e as "flores da cera", é a minha silhueta, acastanhada, com os meus olhos azuis a olhá-lo?

Nunca pensei que os meus primeios tempos de vida, tão terríveis, tão maus, viessem a ser culmatados com tanta alegria, tanta felicidade, tanta maluqueira, juntos!

Por mim, só poderei dizer: «obrigado, amigo»!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

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