Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

quico.jpg

O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

Apresento-vos o Rafinho

Hoje apresento-vos o Rafinho ...

Este é o meu amigo Rafinho, que o Deus do Ventor já tem em sua guarda, lá na Esfera. Estava quase abandonado numa despensa! Foi a minha dona que teve pena dele e o trouxe para casa. Eu e o Ventor nunca mais vamos ter amigo assim!

Rafinho1.jpg

O Rafinho

Quando cheguei cá a casa já o Rafinho era da família. Acho que o Rafinho fez tudo para eu ficar nesta casa. Eu era pequeno mas já era maior do que ele, só que ele estava bem tratado e eu cheguei cheio de fome e quase a morrer. O Rafinho chegava-se a mim e eu levantava a marreca e fungava para me ver livre dele, mas ele não me ligava. À medida que me fui habituando a ele e a ficar com a barriga cheia, comecei a alinhar com ele na paródia.

Deitava-me no meio da sala e quando o Rafinho passava por mim armado em corredor, eu esticava a pata e rasteirava-o. O Ventor ria-se e eu ficava todo contente com estes dois amigos. Eu já brincava com o Ventor e o Ventor na brincadeira, gritava pelo Rafinho a pedir ajuda. Dizia: "Rafinho anda cá depressa"! O Rafinho vinha desde a varanda em correria pela casa fora e quando me preparava para o rasteirar, eu chegava a ter medo dele! O Rafinho saltava e virava-se de repente para mim a fazer um barulho feio e a bater com as patas com tanta força na alcatifa que parecia furioso.

Quando o Ventor abria o correio, ao chegar do trabalho, mandava-me o envelope enrolado para brincar, mas o Rafinho é que brincava. Agarrava o envelope com os dentes mandava-o ao ar e dava-lhe cabeçadas, parecia um puto a jogar futebol. Eu ficava a divertir-me, olhando para ele. O Ventor perguntava-me: "ouve lá brincalhão, tens medo de brincar com o Rafinho? O Rafinho ainda é melhor que o Gomes, olha para aquilo"! Mas eu gostava era de ver o gaijo aos pinotes e à cabeçada ao envelope.

Uma noite, abri a porta da sala mal fechada e fui para lá com o Rafinho e dormimos lá juntos, toda a noite. A mãe da minha dona gritou pelo Ventor que o Quico, se calhar, matou o coelho. E nem foi capaz de entrar na sala! Eu já era grande e tinham medo do meu poder. O Ventor entrou, estava eu a dormir no sofá e o Rafinho por baixo, no chão de alcatifa. O Ventor fez-me muitas festas e ganhei a sua confiança absoluta.

Um dia em Milfontes, o Ventor começou a confiar em mim e deixava-me só a guardar o Rafinho no Quintal para que os outros gatos não lhe fizessem mal. O rafinho ficava só, deitado no meio das ervas, à sombra, e sentia-se um autêntico alentejano na sesta, enquanto o Ventor lia os jornais. Quando o Ventor entrava em casa dizia para eu olhar por ele, mas mal o Ventor se levantava, o Rafinho ia logo a correr atrás dele.

Não confiava que eu lutasse com os outros e os vencesse. Contarei coisas dos meus amigos e esperarei que alguém goste de ler. As pessoas que são más para os bichos não prestam. Eu sei disso!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

1 comentário

Comentar post