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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

Quanto ao amor

Vejamos! Amor é uma palavra muito utilizada na blogosfera e não só e, às vezes, o Ventor fala-me dele. Por exemplo, quando me tapa com as minhas mantinhas ele está-me a mostrar muito amor.

Quando ele me fala dos amigos abandonados, ele fala-me de muito amor.

Quando ele vem carregado de comer para os meus amigos, às vezes com muitas dificuldades devido aos seus problemas de coluna, ele fala-me de muito amor.

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Quico a descansar

Digam lá se isto não é amor?! Com o frio que já se pôs, sabe tão bem uma mantinha em cima e os meus amiguinhos lá por fora ao relento. Sinto-me triste! Quando ele me diz que há pelo mundo muitos homens terríveis que, como no Iraque, (degolavam) cortavam o pescoço dos filhos à frente das mães, como aconteceu com estudantes em Bagdad, apenas por dizerem que não gostavam do Sadam, ele também me fala de amor e diz-me qual a diferença entre amor e ódio.

Mas apesar de essas façanhas como as que se desenvolveram em Bagdad e por muitas razões que somadas originaram uma guerra, ali como noutros lados, ficamos a saber que amor e ódio são realmente antagónicos. Por isso falamos apenas de amor. O Ventor não compreende porque há tanto ódio nos cérebros das pessoas e como há tão pouco amor quando a humanidade entra em confrontos absurdos, mesmo quando, às vezes, somos levados a tomar posições sem sabermos concretamente como matar o ódio e dar vida ao amor. Mas diz também que, se praticarmos o amor nas coisas simples da vida, será natural que nas difíceis o ódio seja derrotado.

No entanto, as coisas simples da vida nem sempre são envolvidas pelo amor. Por exemplo: Um caçador que vai à caça e leva os cães dentro de uma gaiola a trepidar durante Kms, os desgraçados dos cães vão a ladrar, protestando. É simples e natural protestar, não? Mas o caçador é macambúzio e ao abrir a gaiola, o primeiro cão que sai a ladrar leva logo um coice daquele burro em figura de gente. Bastava baixar-se e fazer uma festa ao animal e até pedir-lhe desculpa pela estupidez de o transportar em tão más condições. E muitas outras coisinhas assim! Mas depois há o amor natural que envolve o corpo e a alma e aqueles bichinhos que têm corpo e também amam, terão alma? Vejamos estes!

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Estes dois bichinhos, tentam dar continuidade à sua espécie e isso é, certamente, um acto de amor 

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E estes? Estarão também a praticar um acto de amor

Disto vemos continuamente na nossa caminhada como diz o Ventor e primas destas até eu já tenho visto quando entram pela varanda dentro a gritar: "estou doido (ou doida) por ti”"!

Mas há outras formas de amor como esta. O Ventor estava todo lampreiro a fotografar o gafanhoto, ao mesmo tempo que esta mosca gritava desesperada para que ele a tirasse dali, presa num só fio, daqueles que as aranhas vão largando aleatoriamente pela árvore acima para apanhar vítimas incautas.

Aqui o acto de amor está no acto do Ventor libertar a mosca mas, ao mesmo tempo cometeu um acto de ódio para com a aranha, pois não se preocupou se ela iria almoçar ou jantar nesse dia. E esta é a parte que dá origem às guerras, mas tal como o mundo é imperfeito, também os homens, os gatos, todos os animais são imperfeitos nas suas acções. Só que o Ventor não gosta de ratoeiras!

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Nunca ouviram uma mosca entoar o grito da liberdade? Experimentem!

Por exemplo, este bichinho que mete medo a muita gente e origina uma fobia terrível ao Ventor, é produto de muito amor. Creio que nasceu fora de tempo, mas talvez não. O Ventor encontrou-o de manhã e de tarde voltou lá a pensar se seria boa ideia arranjar outra solução para o manter sobre controlo e ver nascer a beleza colorida que, tão maravilhosamente, cruza os ares à nossa frente. Mas ele já lá não estava. Ou foi comido ou os pássaros pegaram-no e tiveram de o largar fora do local pois ele dali, não poderia fugir aos olhos do Ventor.

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Uma beleza deste nosso Universo


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

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