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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de banmbu


30.05.09

Está feito!


Ventor e Quico

Eu já lhe perdi a conta, mas o Ventor sabe quantas são.

Eu acho que a minha dona procura a LUZ, mas no sítio errado! Ou não? Com luz ou sem luz ela lá foi fazer mais uma operação à coluna! Será que desta é de vez?

A minha dona merecia melhor sorte. Acho que todos nós merecíamos melhor sorte, mas não duvido que ela a mereceria de certeza.

Mas o que eu sei é, que com sorte ou sem sorte, ela lá foi mais uma vez!

Mas agora eu tenho a certeza de uma coisa. Ela é uma flor do bem e, como sei que ela é uma flor do bem, vou pedir às flores do mal, para que deixem a minha dona sossegada. Já chega, não?

A minha dona descansa um pouco para respirar melhor

Pois foi! Ela e o Ventor lá partiram para mais um ciclo de tortura. A minha dona chegou à Luz, arranjou as suas coizinhas, vestiu um robe preto e apareceu uma senhora que lhe disse ser a pessoa que a ia pôr a dormir e que, não a largaria, um só momento, enquanto ela dormisse!

Depois apareceu a enfermeira que lhe fez um furo no pulso com uma agulha e que lhe disse que, tudo iria ser feito por aquele buraquinho, tal como o portal do Egipto por onde eu e o Ventor entrávamos e saíamos, noutros tempos. Tirariam o sangue para análises e serviria para tudo que se seguisse. Depois foi fazer uma radiografia e regressou para junto do Ventor e já cansada e com menos sangue, deitou-se um pouco sobre a cama.

Depois, pela janela do Hospital, observa o nosso amigo Apolo e todas aquelas belezas por ali, em redor, iluminadas por ele, que parece dizer-lhe para ter calma

Ficou, por momentos, a meditar e espreitar tudo o que ela tão bem conhece!

Deu mais uma olhada serena e começou a meditar naquele "futurinho" muito próximo que se encontrava lá no fundo, nas catacumbas do Hospital. Ela sabia que o Ventor fica doente quando ela desce às catacumbas.

Ela sabe que para a semana voltará a caminhar por aqui, com a esperança de o fazer sem limusine

Voltou a olhar bem para o exterior e lá estavam as belezas que ela vê quase todos os dias. Aquele pedaço verde que o Ventor tanto aprecia e a que os homens decidiram chamar Monsanto. O Parque Florestal de Monsanto todo emblemado de verde com um belo chapéu azulinho e ela sabia que belezas assim não se podem perder!

Ela também sabe que a esperança nunca deve morrer

Ali mesmo, debaixo do nariz, um pouco mais à frente o Museu dos Bombeiros, a Av. Lusíada e tudo o mais, sem esquecer os estorninhos que procuravam anafadamente, na relva, todo o alimento para os seus filhotes.

E sabia que por aqui continuam a esperá-la as lojas do Colombo com as suas coisas lindas e que ela entrará e sairá pelas suas portas sem a limusine! Isso faz parte da esperança!

Depois, lá estavam, a seguir, o Colombo e a sua bela torre e, mais para lá, o ninho da ... da ... daquele bicho penudo a que os benfiquistas chamam águia. A sua águia que ela sabe que gosta mais do Ventor portista do que dos benfiquistas todos. Mas a águia, a penudinha que os benfiquistas quiseram que fizesse lá o seu ninho - a, mais própriamente o, Vitória. O ventor dá-lhe outro nome, mas só em dias de guerra!

Depois de apreciar tudo isto, a minha dona esperou e o Ventor teve de partir para ir buscar o Tomás. Quando o Ventor chegava à escola do Tomás o telefone tocou e, o coração do Ventor pulou ao ver lá estampado o nome da minha dona.

«Vão-me levar. Vou descer»!

Então o Ventor disse-lhe: "Vai, eu vou lá estar contigo"!

Depois o Ventor entregou o Tomás à avó e galgou o IC 19 até ao Hospital da Luz. Esperou no quarto dela, sózinho, como sempre, a meditar na vida e nos males que nos atingem a todos que nem raios e curiscos.

Às 21:50 H, dirigiu-se ao balcão e perguntou pela minha dona e uma enfermeira disse-lhe que já recebera ordens para a ir buscar ao Bloco, às 22 horas. O ventor gelado do ar condicionado sentou-se numa sala de espera e, às 10 horas a enfermeira chegou e disse-lhe: "vou agora buscá-la, quer vir comigo"?

Aquela enfermeira nem sabe o bem que fez ao Ventor! O ventor pensou para ele: «como é tão simples sermos simpáticos uns com os outros»!

Agora a minha dona, sob o efeito dos medicamentos está bem. Será que amanhã ainda estará? Ela disse ao Ventor que ia meter a limusine na garagem para um dia, daqui por uns aninhos a levar a dar umas voltinhas. Quem sabe?

Depois, conto como tudo correu. Para já, tudo bem!

Mas tenho de ir embora que o Ventor quer dormir. Bons sonhos para vocês também.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

17.05.09

Ainda a Bomba


Ventor e Quico

A bomba foi lançada mas parecia que não ia resultar.

Isto é: a bomba que a minha dona lançou contra os seus inimigos, esteve quase a não fazer efeito. Teria sido uma precipitação do sistema, ou dos sistemas! A ordem era para travar a segunda bomba!

Outra frente de batalha iria ter prioridade sobre a bomba. A minha dona iria voltar a ser operada à coluna. O neurocirurgião telefonou-lhe que não tinha outra hipótese e até chegou a marcar o dia, mas a vida é má para muitos e um puto apareceu com um tumor no cérebro e isso, claro, requeria prioridade. Por isso foram metidos travões nessa frente e a minha dona resolveu continuar a lançar as bombas contra o inimigo que muito a faz sofrer e lhe deu cabo da coluna. Agora vai ser ela quem decide. Não haverá travões no lançamento das bombas. Duranre algum tempo, todos os outros campos de batalha tentarão reorganizar-se.

Isto é, de facto, muito complicado!

Há vários anos atrás, se a informação estava correcta, ou melhor, era correcta, um avião americano deixou cair, então, em território espanhol, duas bombas atómicas, bem, mas bem superiores às de Hiroshima e Nagasaki! Mas, por obra do acaso, por felicidade de todos ou, por decisão do Senhor da Esfera, elas não explodiram. A informação era que os grandes  sistemas de segurança, creio que seis, não falharam!

Pelo menos foi isso que foi lido nos jornais, foi o que passou para o público, disse-me o Ventor.

Não sei se sabem, mas o Ventor contou-me nas suas histórias, que muitas bombas, aquelas que não são atómicas, não rebentam! São lançadas das alturas e deitam as mãos à cabeça a gritarem que não querem rebentar. Caem e não explodem!

Há também aquelas, pelo menos houve que, quando o avião iniciava a rodagem na pista, se recusavam a prosseguir viagem, ficando no chão tal e qual como estavam debaixo das asas do avião (nos porta-bombas).

Também aparecia, de vez em quando, uma ou outra bomba "estérica" que iniciava a corrida com o avião pista fora e, de repente, desistia lançando-se no alcatrão sem medo de partir a cabeça e o avião levantava voo a correr por cima e ela a correr por baixo, pista fora, como que a ver quem chegava primeiro ao fim da pista!

Mas, no caso que me interessa, a minha dona preparou tudo e lançou a bomba! Mas vozes mais altas que a "bomba" se levantaram.

Pára tudo! Não lances mais ... esquece por uns tempos!

É assim que eu e o Ventor vemos a minha dona

Questões de diplomacia, sabem? A diplomacia faz guerras, trava guerras e também as acelera. Prepara os cessar-fogos e sabe-se lá que mais se passa naquelas cabeças feitas! A minha dona foi submetida a fortes pressões "diplomáticas" por altas personagens de vários corpos diplomáticos para fazer uma travagem no prosseguimento das hostilidades. Isto é, teria de desistir, para já, de lançar aquele tipo de bombas!

Numa guerra são necessárias várias estratégias e várias tácticas, conforme as frentes nos campos de batalha.

Estrategicamente, a minha dona tem um terrível combate global em todos os terrenos. Tacticamente, a minha dona é obrigada a fazer uma guerra mais contida. Por trás, está o Ventor a supervisionar tudo!

É uma luta desgastante e terrível e o Ventor não gosta nada de perder! Cada batalha desencadeada é supervisionada pelo Ventor e, se ele não gosta nada de perder, não está muito certo de vir a ganhar esta!

Mas ele diz-me: " o combate é terrível, Quico, e vamos ter de ganhar"!

Será que a minha dona vai ter forças suficientes para levar esta batalha até ao fim e sair vencedora? Eu nem sei se ela quer sair mesmo vencedora mas, pelo menos, não ter uma vida tão atribulada!

Há alterações tácticas nesta guerra. O próximo capítulo ditará o futuro! Entretanto, fico á espera!

Mas, no passado dia 13 de Maio, mesmo sem o Ventor e a minha dona saberem, eu pedi muito a nossa Senhora de Fátima por ela. Ouvi uma história contada pelo Ventor que, quando o exército de D. Nuno Álvares Pereira passou nos campos da Cova da Iria para combater os castelhanos, em Aljubarrota, todos os cavalos se ajoelharam!

Isto quer dizer que, já muitos séculos atrás, nossa senhora andava por ali.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia