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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de banmbu


24.12.08

Feliz Natal


Ventor e Quico

 

 

Que o Menino vos dê, a todos que passam por aqui, tudo que desejam mas, sobretudo que vos faz falta, com a saúde em primeiro lugar.

Que as estrelas do Céu vos acompanhem sempre e vos dê uma vida de alegria.

Feliz Natal e um Bom Ano de 2009


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

21.12.08

Os Gadanheiros


Ventor e Quico

Mas agora, depois de um sonho bonito, com os lobinhos, podem crer que, nem todos os sonhos do Ventor são lindos!

O Ventor, umas noites atrás, depois de sonhar esse belo sonho com os lobinhos naquelas suas Montanhas Lindas, teve um sonho horroroso!

Eu estava deitado ao lado do Ventor e ele permaneceu, durante algum tempo, num grande frenesim.

Eu ouvi o Ventor perguntar: "como te chamas"? A resposta foi: "sou o novo Guardião do Antar que me pediu para te ajudar a sair deste sarilho".

Depois não ouvi mais nada, mas o Ventor contou-me o que se passou. 

Disse-me o Ventor que Portugal vivia uma tormenta, enrolado numa guerra civil. "Esperemos que não"! Mas, na sequência das escaramuças, teve de fugir para as suas Montanhas Lindas. Disse-me que não era ao Ventor que queriam matar, mas outro seu amigo e, por isso, o Ventor prometeu-lhe que enquanto vivesse, ninguém o mataria, porque ele não deixaria!

Quando o Ventor chegou a Adrão, o lugar de Adrão e seus arredores estavam cercados por gadanheiros. Todos os gadanheiros tinham o manto da morte vestido e o que mais preocupou o Ventor foi aquele manto ser de um azul tipo mosqueteiros do Luis XIII. O Ventor olhava e estava perplexo, com aqueles senhores de capuz na cabeça e todos perfilados com as gadanhas como se fossem autênticas armas de guerra! O Ventor olhava aqueles rostos a ver se entre eles havia alguma caveira, mas não! Todos eram rapaziada perfilada para matar com a gadanha, mas eram tantos que o Ventor nem sabia como iria começar a sua defesa e planear um contra-ataque!

De repente, o Ventor virou-se para o seu protegido e disse-lhe: "estamos no meu mundo, e aqui não temo ninguém. Haja o que houver, não fujas. Faz de conta que estamos só os dois. Deixa-me traçar um Plano de Defesa".

Os gadanheiros estavam organizados em grupos de 20 e só tinham gadanhas como armas! O Ventor decidiu atacar e desmantelar o primeiro Grupo de 20 que se viam enrolados nos mantos e nem sabiam que fazer com as gadanhas! Entretanto, os outros grupos decidiram caminhar para o Ventor e cercá-lo. E, enquanto o Ventor ia lutando e atropelando uns e outros, de repente aparece um cavalo negro que disse ao Ventor e ao seu amigo para saltarem para o seu dorso e agarrarem-se bem pois a luta iria ser dura e aqueles gadanheiros eram mesmo assassinos.

Assim, montando o cavalo negro, foram desbaratando grupo após grupo e, ao chegaram ao último grupo que queria impedir o Ventor, o seu amigo e o cavalo negro de sairem de Adrão, eles começaram a tirar debaixo dos mantos terríveis metrelhadoras e um disse que iam fazer o Ventor, o seu amigo e o cavalo negro, numa peneira.

O primeiro que puxou pela metrelhadora levou um coice do cavalo negro e derrubou os outros todos, mas um levantou-se e fez fogo e o Ventor viu as balas a desviarem-se deles.

O cavalo negro cavalgava pelos ares, nos montes em frente de Arão e quando o Ventor olhou para a sua aldeia só via um exército azul de gadanheiros que nunca mais acabava e, no meio deles o seu fiel Antar, todo branquinho, a destruí-los à coiçada. O Ventor pediu ao cavalo negro para regressarem e ajudarem o Antar mas o cavalo negro disse ao Ventor que só obedecia ao Antar e a ordem que tinha era irem para Paris!

"Paris"? perguntou-lhe o Ventor. "Sim. Paris! Todos vos querem lá e só lá receberei nova ordem do Antar. Não tenhas medo pelo Antar, Ventor. Como sabes ele é indestrutível"!

Quando os gadanheiros ouviram a palavra Paris, aproveitaram logo para fugir ao Antar e, sorrateiramente, dirigirem-se para Paris.

Quando chegaram a Paris, o cavalo negro deu voltas à Torre Eifel e disse ao Ventor que já tinha novas ordens do Antar. Tinham de dirigir-se para Carnaxide e entrar na SIC onde o Ventor iria ler um discurso com o qual iria destruir todos os gadanheiros! Assim, enquanto os gadanheiros procuravam o Ventor em Paris, o cavalo negro pousava às portas da SIC onde o Antar os esperava.

Quando o Ventor desceu do dorso do cavalo negro, o Antar piscou o olho ao Ventor e o Ventor sorriu e iniciou uma corrida para ele ... mas aí terminou o sonho. Já não houve  discurso, não houve conversa com o Antar, não houve mais gadanheiros que se terão perdido lá por Paris .... o que houve foi o coração do  Ventor a pular dentro do peito e parecia que queria explodir!

E, o que houve, também, isso sim, foi a luta do Ventor com a caveira da gadanha, uma noite depois, mas agora já no real, quando a asfixia atacava a sua garganta! Será que o  Ventor continuará a destruir os gadanheiros com a ajuda do Antar? Eles andam por aí!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

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