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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

Eles Voltaram!

Eles Voltaram!

Foi assim que o Ventor me acordou, um dia destes.

"Quico, eles andam aí, outra vez"!

 

A tipologia era esta, mas as naves eram de um cinza-azulado muito lindo. Logo sobre a base haviam janelas redondas, a toda a volta da nave por onde o Ventor teve oportunidade de ver como se desfrutava por ali de grande conforto

Eu acordei e ouvi o Ventor a falar com eles e, pelas respostas do Ventor, calculo o que eles lhe diziam.

O que não percebi, o Ventor contou-me!

Era um grupo de sete discos voadores que aterraram, numa clareira, junto a uma floresta de abetos, à sombra dos quais, o Ventor passava pela brasas, comigo a seu lado, num dia azul, cheio de sol. Na aterragem desses sete discos voadores. o barulho não era uma grande coisa, mas foi o suficiente para acordar o Ventor, que disse: "há milhares de anos era assim"!

Conta-me o Ventor que, noutros tempos, eles chegavam em grandes grupos e atacavam com as armas mais modernas. Atacavam tudo que se mexesse no Planeta Azul. Desta vez só gritou: "fica aqui escondido Quico, quietinho, que eu vou organizar a defesa"!

O Ventor escapou-se por entre os abetos e esquivou-se por trás daquelas belas máquinas transportadoras daquele "terrífico" grupo galáctico.

O Ventor vestia um capote estilo alentejano, mas todo azul escuro, muito leve, segundo me disse e, por baixo do capote, ele guardava o seu belo arco, muito mais moderno, cheio de tecnologias que o faziam encolher e crescer, conforme as necessidades. Este arco continuava a ser tudo o que o Ventor queria!

O Ventor chegou a uma bela aldeia, e entrou,  apressadamente, numa tasca daquelas muito antigas em que os homens  se vestiam todos de tons castanhos e se divertiam bebendo por canecas de barro, acabadas de sair de algum oleiro que, se calhar, nos dias de hoje, já não há. Sentavam-se em bancos de madeira corridos, em volta de grandes mesas de carvalho, rectangulates. No momento em que o Ventor ia falar a esses homens e pedir-lhe para pegarem nas suas armas e prepararem-se para o combate, pois a guerra iria ser total, três vultos aproximaram-se, também vestidos com capotes azuis, um pouco mais claros que o do Ventor e estacaram. Nesse momento, ouvi o Ventor dizer: "vou lutar sózinho e estes gajos nem vão ter tempo de saber como morreram"!

Mas logo que o Ventor pôs a mão no seu arco, uma mão branquinha, muito fina, com a palma voltada para cima, saída no fim de um belo braço, dobrou o dedo indicador a chamar o Ventor que, observou um rosto lindo, todo sorridente que, após tirar o seu capuz, ficou emoldurado por um belíssimo cabelo dourado que lhe disse: "chega aqui, Ventor, vimos em paz"!

 "Paz" - ouvi o Ventor gritar. "Devem estar a brincar comigo"!

O Ventor estava diante do mais terrível comando galáctico, que em tempos desencadeava os seus terríveis ataques sobre o nosso Planeta.

Outro braço se levantou com a mão aberta, virada para o Ventor em sinal de stop. Este braço era do terrível comandante galáctico que, em tempos, fustigava todo o Planeta Azul, com poderosas máquinas de guerra, matando tudo que podia, até o Ventor o enfrentar.

O Ventor olhou os três, todos velhos conhecidos! A Princesa galáctica que, em tempos, coadjuvava seu pai em todos os momentos de ataque, estava mais linda e, deu dois passos em direcção ao Ventor, dizendo-lhe bem alto: "vimos em paz, Ventor! PAZ"! O Ventor olhou estupefacto aqueles três vultos, com cara de gente. Ela dois passos à frente, de braços abertos e eles, os seus acompanhantes, pai e irmão, mais recuados, com o braço direito, ao peito, tal como os romanos, antigamente.

Ouvi então o Ventor dizer: "vindes em paz, Princesa, ou temeis o meu arco"?

"Vimos em paz, Ventor"!

O Ventor voltou a falar: "estás cada vez mais bonita e é pena desperdiçar tanta beleza em actos de guerra"!

A Princesa dirigiu-s para o Ventor, abriu os braços, abraçou-o e disse: "vimos mesmo em paz, Ventor. O Comandantes galácticos atribuiram-me, democraticamente, o Comando e, meu pai e meu irmão, prometeram obedecer a esse escrutínio e fazer tudo que eu decida e a primeira decisão que tomei, foi fazer a Paz contigo e com o Planeta Terra".

Quando a Princesa tirou o capuz da cabeça e mostrou os seus cabelos dourados e os olhos azuis, sorrindo, o Ventor sentiu-se aprisionado por energias positivas e pensou que nunca vira aquela beleza sorrir e, embrulhado naquele belo sorriso, aquele rosto espalhava entre eles as energias propiciadoras da paz e de uma amizade profunda.

O Ventor, com toda a calma deste mundo, tirou a mão do arco, sorriu também e perguntou-lhes: "que fazeis realmente aqui, com as vosss fardas inconfundívesis, sinónimo de morte e destruição"?

"Vimos mesmo em paz, Ventor! Entre nós, a partir de hoje, não vai haver mais guerra. No futuro, haverá apenas, paz e amizade. Vocês precisam da nossa ajuda, Ventor, vamos ajudar-vos a sobreviver"!

"Não queremos mais guerras. Viemos fazer um levantamento de tudo que está a destruir, lentamente, nuns casos e, apressadamente, noutros, o vosso Planeta Azul!.

Só tu podes ser o nosso contacto. Só tu poderás ajudar-nos a resolver muitos dos problemas que vos afectam, cada vez mais. Nós, em tudo ajudaremos para que este planeta sobreviva"!

Aquela bela Princesa deu o braço ao Ventor e foram, os dois, conversando pelo caminho até chegarem às naves. Mas os olhos do Ventor só me procuravam a mim. Sem que a Princesa ouvisse, perguntou, só movendo os lábios, "Quico  onde estás"?

O Ventor disse-me que eu subi para cima de uma rocha e que já estava rodeado de extraterrestres a conversarem comigo e disse-lhe: "estou aqui"!

Eu corri para o Ventor. A Princesa baixousse e pegou-me ao colo! Antigamente eles não podiam com gatos! Disse-me o Ventor que sempre tentaram exterminar todos os gatos, só porque outros egícpcios, muito antes dos faraós, nos adoravam. Só escaparam os meus antepassados que conseguiram chegar à "Porta", ou se preferirem, ao "Portal", por onde entrávamos e saíamos do Planeta Terra!

Apolo, sempre sorridente, acalmou o Ventor

O Ventor acreditou que todos vinham embuidos de Paz. A Paz verdadeira!

Por isso, o Ventor observou Apolo nas Alturas e ele piscou-lhe o olho, a confirmar que estava tudo bem. Na conversa, com o Ventor, a Princesa disse que tinha mais gente dela junto ao 12º Planeta, todos prontos para intervirem nas soluções adequadas para melhorar as condições ambientais do Planeta Azul.

A Princesa, no momento de despedida, abraçou o Ventor e o Ventor disse-me que aquele abraço foi tão intenso que até parecu verdadeiro e quando o Ventor lhe disse: "adeus Princesa", ela respondeu-lhe. Agora sou eu que comando tudo e quando me entregaram o comando das nossas forças, eu disse-lhes: "quero a paz com o Planeta Azul. Nunca mais quero o Ventor como inimigo. E todos ficaram de acordo. Também estás de acordo, Ventor"?

Todos ocuparam os seus lugares nas sete naves. Apenas os 3 que chegaram com o Ventor, ao subirem as escadas, se voltaram a despedir. Os dois homens com o braço direito ao peito, como faziam os romanos, e a grande Princesa soprando um beijo que tinha depositado na palma da sua mão.

De repente, os três corpos transformaram-se em forma de esqueletos para entrar na nave e aquela bela princesa, já em forma de esqueleto, fez a manobra dos seus companheiros ao levar o braço ao peito, mas o Ventor já só a viu aquele movimento em forma esquelética.

Aquelas sete naves, sem ruído sonoro, nem outro tipo de poluição visívil, sobrevoaram-nos, a mim e ao Ventor, uma a uma, sendo a última, a nave do comando e, numa das suas janelas, voltou a aparecer o rosto deslumbrante daquela bela comandante galáctica, sorrindo para mim e para o Ventor apressando-se de seguida a retomar o seu lugar na frente daqueles belos instrumentos de voo inter-estelares.

"As últimas palavras que ouvi ao Ventor, neste sonho, foi: "como é belo conseguir obter a Paz"!

O Ventor acordou e contou-me tudo que os outros lhe disseram. Disse-me o Ventor que foi a primeira vez que começou a sonhar com um grande pesadelo e terminou tudo numa serenidade impensável.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia