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A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

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O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

A Neta da Izabelinha

Claro que vocês não se recordam da Izabelinha, mas eu lembro-vos.

Para já e antes que me esqueça, só para recordar alguns interessados, que sei que me seguem, que escrevi mais uma página do Ventor em África. Chama-se Rumo a Sul. Uma brincadeira que eu aproveito das histórias que o Ventor me conta.

A Isabelinha era uma galinha d'água que conheceu o Ventor e que me escreveu a dizer-me mal da vida dela e dos seus como podem ver aqui.

Agora imaginem só, que a neta da Isabelinha quis vir para junto de nós. Eu vejo-a aqui do meu miradouro.

Algum tempo atrás, o Ventor tirava fotos a umas libelinhas e dois guardas do jardim vieram ter com ele para lhe dizer que, mais abaixo, havia uma galinha d'água com três filhotes. Se tiver paciência e esperar um bocadinho, talvez os consiga ver nas suas deslocações. Assim foi!

Um dos filhotes da neta da Isabelinha

Ao Ventor, tempo e paciência é coisa que não falta e lá foi! Fotografou a galinha e os seus três filhotes, mas sempre um de cada vez.

Então os senhores disseram-lhe que os jardineiros tinham andado a limpar a ribeira e que deram, já no fim, com aquela família, deixando apenas uns pequenos tufos para lhe servirem de abrigo, pois quando se aperceberam da sua existência, já estava quase tudo limpo. Depois os bichos desapareceram e tememos que fossem todos mortos pelos gatos ou cães ou até pessoas de má índole coisa que, infelizmente, não falta.

Quando, num outro dia, o Ventor procurava, cuidadosamente, a sobrevivência de todos ou algum desses nossos novos vizinhos, não lhe parecendo que algum tenha resistido, colocou os braços sobre o gradeamento e estava a pensar como é que uma galinha d'água selvagem veio até nós, com o objectivo de criar a sua prole! Um sítio horroroso para eles. Já terá sido bom, já!

A neta da Izabelinha, estava com receio do Ventor e de outro amigo que lhe levou pão

De repente, o Ventor olhou para um buraco e, no seu interior escuro, pareceu-lhe ver um pedacinho de cor avermelhada ou alaranjada. Algum tempo depois, não tinha dúvidas que o que estava a pensr estava correto. A galinha d'água estava lá escondida. Um senhor chegou junto do Ventor e disse-lhe. Aposto que está aqui pelos mesmos motivos que eu, mas já a vai ver. Mandou um pedaço de pão pelo ar que foi cair na água em frente daquele buraco. A galinha, um pouco exitante, lá se apercebeu que aqueles dois não lhe faziam mal, saíu para fora do buraco dirigindo-se para o pão. Ao chegar à água, fez uma chamadela e, do meio de um tufo saíu uma das suas crias que estava escondida, agachadinha no meio das ervas e ninguém a conseguia ver.

Ela resolve sair do buraco e chamar o filhote para lhe dar de comer

Aquela cria, um pouco atarantada, lá acompanhou a mãe e seguiram direitas ao pão que comeram sofregamente. Assim o Ventor ficou a saber que a neta da Isabelinha veio para junto de nós porque descobriu a direcção da avó para mim com um recado: «minha querida netinha, se um dia chegares a ser grande, encontrares um namorado e precisares de uma casinha para vocês, procura o Ventor e o Quico e foje para junto deles".

A fome era negra e tinham de correr o risco. Comer e sobreviver, ou morrer lutando

Por isso a nossa amiga anda aqui. Espero que seja por muito tempo!

 


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

23 de Junho

O Ventor, os gaios, os esquilos e a máquina!

Neste dia de verão, o 2º se os gatos sabem fazer contas, o Ventor foi deixar a família ao Colombo e, depois, achou que era boa ideia, enquanto elas regalavam os olhos nas coisas bonitas do Séc. XXI e, muitas delas desnecessárias, ele ir cumprimentar os seus amigos no Parque Florestal de Monsanto.

Arrumou o carro junto do Clube de tiro de Monsanto e embrenhou-se na floresta do Séc. passado. Sobreiros enfesados mas velhinhos, pinheiros, eucaliptos e freixos gigantes e muitos arbustos.

O grasnar dos gaios, o arrolhar da rola, o chilrear dos passarinhos, as escapadelas dos esquilos, tudo isto faz o caminhar perfeito do Ventor.

Caminhando ao sol e à sombra do grande arvoredo, apontou a máquina aos gaios que só o gozavam. O Ventor diz que eles só diziam: «vai para o caraças, paparasi»!

Depois vão esvoaçando à frente ou ao lado, mas são ums esquivas este mafarricos penudos e nem sabem quanto o Ventor gosta deles!

De seguida, aparecem-lhe os esquilos. Duma penada três! E eles fazem com que aquele espaço se torne uma maravilha para o Ventor.

Um dos três posicionou-se sobre uma árvores a gozar com o Ventor quando ele lhe tira uma foto e, de seguida, a máquina, ding-dong! Tudo terminou ali.

Virando-se para as árvores à direita, reparou que outros dois estavam a olhá-lo e a gozá-lo. O Ventor, ao ver-se sem máquina, chateou-se mesmo! Arrancou pelo monte acima em grande pedalada e, ao chegar à estrada, notou que já tinha os bofes de fora.

Chegou ao carro e um auto-tanque dos bombeiros bloqueou-lhe a saída. Depois o carro vermelho encavalitou-se com três pneus no monte e o Ventor lá conseguiu passar. Só que, ao olhar a esquerda e a direita e verificando haver segurança, arrancou e, mal saíu de trás do carro dos bombeiros, teve de utilizar o ABS. Força no arranque e força imediatamente na travagem. Sua excelência, um dos três esquilos o terá seguido pela esquerda ou então seria um quarto esquilo, e prostrou-se no meio da estrada a olhar o carro, tentando fugir, tentando parar, não sabendo o que fazer. Parecia que estava a fazer: «ta-ra-ra-ran, ta-ra-ra-ran, ta-ra-ra-ran», para o Ventor!

Aquele palerminha, nem sabe a trabalheira que deu ao Ventor, para não o transformar num melaço!

Mas o Ventor, chateou-se com a falta de pilhas e correu direito ao Colombo para comprar mais pilhas Unirross, para que os esquilos nunca mais o gozem por falta de bateria. As suplentes falharam mas, daqui em diante, vai passar a andar com duas suplentes!

Gostava de ter visto o ventor ao ver-se sem máquina e os esquilos a gozá-lo! Eh! Eh. Eh" ...


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

África à Vista

Decidi voltar ao Ventor em África e falar do início da sua caminhada africana. Como é lindo ter recordações. Já notaram que todos nós temos uma vida paralela? A de ontem e a de hoje! A de amnhã podremos ter ou não!

Então, em África à Vista, vejam como foi a partida do Ventor e seus companheiros de caminhada naquele dia lindo de Inverno, no dia 4 de Janeiro de 1968, no estuário do Tejo.

 

Paquete Niassa

O Ventor diz que a vida é uma beleza mesmo nos momentos difíceis.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

A Poupa

Não! Não é nenhuma poupa desgrenhada de qualquer ser, tipo ... em forma de  homem, mesmo que desenhada, em papel, como a poupa do Tin-Tin.

É mesmo uma poupa!

Uma ave como esta. Pode ser vista com uma imagem maior aqui no meu Fotoblog

 

Esta poupa foi surprendida pelo Ventor. Ele viu-a esvoaçar para trás de uns juncos e ele aproximou-se com passadas de leopardo. Quando o ventor calculou onde ela estaria, levantou a cabeça por cima dos juncos e lá estava ela no carreiro. Ficaram os dois parvos a olharem-se. Depois ela disse ao Ventor que ele não passava de um humano e, como tal teria de partir. Não chegaram a fazer amizade!

Eu não a conhecia, mas desta vez o Ventor quis recolher algumas fotos para eu apreciar. E não é que fiquei encantado com esta penuda!

Na verdade, o Ventor foi fazer umas caminhadas pelos Algarves e, nessas caminhadas, ele dedicou boa parte do seu tempo a tentar estudar alguns penudos, especialmente uns três que, pela Primavera, demandam territótio lusitano. Depois disse-me que iria trazer algumas fotos para eu me entreter, mas por fim achou muito difícil tirar fotos àqueles bichinhos que têm tanto de lindos como de medrosos e passam a vida a fugir. Pois é! Qual o bicho que não foge da espécie humana?

Ela aí vai!

Mas o Ventor contou-me e eu fiquei a saber como é mais ou menos a vida das poupas neste planeta azul.

Tal como as andorinhas, o abelharuco, o rolieiro, a codorniz, etç., a poupa é um dos animais alados que nos invade vinda do sul. Elas vêm de África e fazem ressoar o seu canto pelos bosques e pelos prados esvoaçando aqui e ali recortando a sua curiosa silhueta com a crista aberta, constituida por penas malhadas e escuras na extremidade. Ela pousa sobre os ramos das árvores de onde desce para cima dos muros e destes para o chão onde passa muito do seu tempo à procura dos alimentos.

Mas elas são uma beleza alada ...

A poupa tem um bico bem comprido, um pouco encurvado e mole, adquado para apanhar os insectos, vermes, aranhas e outros bichitos, base da sua alimentação. Elas nidificam nos buracos das árvores e das pareces e até em edifícios. Por vezes fazem um rodilhado de ervas e penas onde põem 5-8 ovos e, durante os 18 dias de incubação, o macho alimenta a sua companheira de caminhada que permanece, no choco, sobre os ovos, ficando também, com os filhotes nos primeiros dias e, só depois, faz companhia ao macho na angariação de alimento para a sua prole.

Após 20 a 30 dias de idade, os jovens poupas abandonam o ninho, começando a aprender, na companhia dos seus pais, como se faz pela vida. No Outono, as poupas que, pela Primavera, vieram de África nidificar à Europa, embalam a trouxa e regressam aos seus quartéis de Inverno instalados pelo continente negro. No entanto, na Penísnsula Ibérica, por razões que só a razão conhece, permanecem sedentárias algumas poupas que migraram e adaptaram-se ao nosso meio ambiente.

As poupas possuem uma arma de guerra, a "glândula uropigial" que produz uma secreção de odor nauseabundo e constitui uma defesa eficaz contra alguns dos seus predadores.

Como vêm, é fácil. Vêm da África, instalam-se nalguns locais da Europa entre eles o Algarve, e fazem as suas casotas de verão, especialmente, para terem os seus filhotes. No fim do Verão, ei-las de volta para o mundo do lazer.

... são, não são?

Tudo isto, ok!

Mas agora esqueçam as poupas e concentram a vossa imaginação, no Ventor. Ele aí vai, por trilhos conhecidos e desconhecidos, pelos algarves de barlavento e de sotavento, caminhando alegremente nos domínios do nosso amigo Apolo, ... tira chapéu, põe chapéu, tiira chapéu, põe chapéu ... um frete, porque o Ventor não gosta de chapéus! Com isso as poupas, dirão: «o gajo não bate bem da tola! Será por causa do chapéu ou estará zangado com Apolo? Nah!  O Ventor não se zanga com Apolo! Se calhar passa a vida a tirar-lhe o chapéu»!

A verdade é que as poupas, entusiasmadas com as chapeladas do Ventor, se distraíam e, sem querer ou não, deixavam que ele fosse tirando uma ou outra foto. Agora imaginem como seria quando o Ventor se aproximasse das poupas apanhando-as desprevenidas e obrigando-as a pôr a sua "máquina de guerra" em funcionamento! Será que aquela glândula epigial será tão efricaz que obrigasse o Ventor a fazer uma retirada total?

Acho que nunca iremos saber como seria!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia