Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

A Arrelia do Quico

Somos todos filhos do Sol e amigos do Ventor

 

quico.jpg

O Quico continua a observar-nos

Ele eras o mais lindo dos meus amigos. Eras o mais belo companheiro que qualquer pessoa gostaria de ter

 

 

 

 

Quico o gato Companheiro do Ventor

Hoje tenho outro companheiro, amigo do coração, a que vim a chamar Pilantras.

A tua Dona diz que foste tu e a deusa Bastet que o enviaste para nós. Parece que o nosso amigo Pilantras continua a querer  ser tal  como tu eras.

Eu até acho que foste tu que lhe deste instruções para saber conviver comigo. Em muita coisa são muito parecidos. Pelo menos, tudo indica que sim.

Mas tu adoravas animais e ele não. Nunca me esqueço da tua luta para eu salvar o besouro a afogar na água entre os tronquinhos de bambu

 

Aqui estão as janelas da Grande Caminhada do Ventor

As maravilhas continuam

O Ventor aproxima-se e eles pedem papinha. Eu também pedia quando era pequeninho e os grandes não me deixavam comer quando o Ventor me dava. Mas estes vivem no seu mundo e diz o Ventor que têm pais, mas eu não tinha. Tiraram-me os meus pais! Ou tiraram-me aos meus pais, não sei. Só que o Ventor ajuda os pais dos melrinhos a fazerem pela vida!

Abr,27-melrinhos.jpg

Melrinhos a tentarem sobreviver

E estes pequeninhos, os pintinhas!? O Ventor ainda não sabe como se chamam, mas diz que há-de saber. Mas são lindos, não são? Ele diz que são pintinhas. Aquilo é uma Babel de pássaros! Cada um tem a sua língua, mas o Ventor diz que quando chega todos se avisam uns aos outros e quando vêm que é o Ventor tudo acalma.

Abr,27-pintinhas.jpg

A beleza dos pintinhas

Será que este ovinho, dos cinco que existiam, não vai dar vida? O Ventor diz que vai saber e depois acaba a maratona dos "pitinhos". Mas irá levando comer para ajudar! Darei notícias deste Maralhal!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

Uma beleza

Um dia destes, 21 de Abril, o Ventor, descobriu o ninho dos ovinhos pequenos. Não sabe se são de pintassilgo, ou que tipo de pintassilgo, pintassilgo verde, lugre ... mas são iguais. No dia 22 de Abril apanhou mais estes ovinhos de melro, os grandes amigos do Ventor.

 Abr,22-ovmelro.jpg

Ninho de melro com três ovos  

Hoje o Ventor voltou lá e apanhou os filhotes dos seus amigos de bico aberto, mas a fotografia, a única que tirou, só os apanhou deitadinhos porque quando eles abriram o bico e o Ventor ia disparar a bateria pifou! Azar!!!! Olhem que lindos!

 Abr,26-melrinhos.JPG

Os melrinhos filhotes de uns amigos do Ventor   

Agora o Ventor diz que vai ajudar os papás destas belezas a criar os pequeninhos com algumas coisas que ele sabe que gostam. Com esta amizade do Ventor por todos estes bichos, já estou a ficar com ciúmes!


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

A Kindy Cat

Pois é amigos. O Nico e a Anabela acham que encontraram um tesouro. Talvez! Talvez ela tenha a mesma sorte que eu tive. Quem sabe? Mas eu não gosto dela!!! É uma gata chata! Chegou cá a casa e nem me deixou comer as amêndoas com o Ventor! Foi logo assenhorar-se das minhas coisas. Foi ao meu comer, até parecia que não comia há um milénio! Foi à minha casa de banho e deixou-a a cheirar mal e depois ainda se queria deitar na minha cama! Não podia ser, pois não?

Bom, mas a verdade é que ela está toda encantada com a nova família e está farta de chegar cá a casa e ainda refila comigo! Vai logo corrida! Mas coitadinha, ela estava grávida! Foi mais uma que foi abandonada ou ter-se-á perdido? Nunca chegaremos a saber. Coitadinha da Kindy! Agora com estes filhotes todos!

kindy.bmp

O Nico diz que ela é pequeninha porque está habituado a ver esta visarma chamada Quico! Eh! Eh! Eh! .. já não se pode ser grande! Vejam o que o novo dono diz dela em baixo!

Este espaço é dedicado à gata que carinhosamente recolhi da rua no domingo de Páscoa. De entre os vários bichos abandonados na rua, qual foi a razão que me fez carregar mais esta responsabilidade? Bem, não pude deixar de ficar triste ao ver uma gata a atravessar uma estrada cheia de trânsito, na sua inocência de que aqueles carros não poderiam fazer-lhe mal.

 A verdade é que o carro que circulava à minha frente por pouco não a atropelou e a gata sem qualquer receio nem se retraiu ou fugiu do perigo eminente, a pobre criatura não sabia o perigo que estava a enfrentar. Neste cenário, e receoso por aquilo que viria a acontecer, a sua adopção, acabei por parar e a Anabela saiu porta fora atrás da pobre criatura. Assim que a Anabela esticou os braços, a gata como que a conhecesse, saltou-lhe para os braços.

Tão pequena que ela era, na nossa presunção, seria uma gata de meses. Em homenagem ao dia que estávamos a celebrar, chamamos-lhe Páscoa, mas não pareceu ser um nome muito facil de utilizar, tentamos Pascal, mas ainda faltava alguma coisa. Acabou por ficar Kindy. A Razão? Muito simples a gata vinha prenha, logo era tipo um ovo da Páscoa, tal e qual os ovos Kinder. Assim ficou a Kindy Cat, a nossa nova mascote de estimação.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

As amiguinhas do céu

Hoje vou fala-vos das nossas amiguinhas dos céus! É assim que o Ventor lhes chama e eu acho-lhes muita piada!

Abr,22 125.jpg

Andorinhas

Elas, as andorinhas, embelezam os céus de Portugal! Há dias, o Ventor chegou aqui a gritar para mim que viu uma amiguinha do céu - a primeira, em 2005! Foi na serra da Mira, em 17 de Março de 2005. Agora eu vejo-as todos os dias. Basta ir às varandas! De um lado vejo as amiguinhas do céu e do outro a mesma coisa. Só que, de um lado, duas amiguinhas do céu estão a fazer a sua casota por baixo da varanda ao lado da nossa! Então o Ventor diz que os machos são mais calões. Assim como ele e como eu!

O macho arma-se em arquitecto e imagina-se a ver a planta para a sua nova moradia, enquanto a fêmea vai buscar a matéria-prima para a construção. Depois o macho tem vergonha e lá vai também! Elas são muito lindas a voar e eu só me apetecia agarrar uma com estas patarronas e dar-lhes muitos beijinhos ou, se preferirem, lambusadelas de gato! Mas a visavó da Joana contou-nos uma história a mim e ao Ventor.

Diz que quando era pequena o Sr Alves, um homem que já não existe, tinha uma taberna perto da casa dos pais dela. Nessa tasca, os homens iam beber uns copos e petiscar algumas coisas e quando vinha a Primavera, as andorinhas, as tais amiguinhas do céu de que o Ventor nos fala, vinham das suas longas viagens e aterravam na sua tasca. Entravam pela tasca dentro, no meio das pessoas e começavam logo, apesar do cansaço da viagem, a construção da sua mansão de Primavera e Verão.

andorinha.bmp

Vejam como esta andorinha é linda

O Senhor Alves gostava tanto das andorinhas, devia ser como o Ventor e como eu, e não se importava nada que elas construíssem as suas mansões nas esquinas do tecto, que era bem alto. Mas o engraçado não era só as andorinhas construírem as suas casotas no meio das pessoas, era elas dormirem lá dentro quando à noite a tasca fechava a porta e de manhã, ao romper do dia, começavam a gritar pelo Sr. Alves para ele abrir a porta, pois precisavam de recomeçar o trabalho e quando mais tarde tinham os filhotes, precisavam de ir buscar comer para eles.

Era uma azáfama para elas e para o Senhor Alves que tinha de limpar tudo. Logo de manhã as andorinhas começavam a gritar: "Ó Alves, abre a porta, temos de sair que se faz tarde"! E à noite o Alves não gostava nada que elas estivessem sempre a pedir-lhe para apagar a luz do candeeiro a petróleo e para fechar a porta. Mas o Senhor Alves gostava muito delas e durante anos foi assim. Iam e vinham, geração após geração. Os filhos aprendiam com os pais e voltavam sempre. E todos os anos os clientes também se habituaram ao bulício das andorinhas e gostavam, até que um dia tudo acabou. O senhor Alves morreu, a tasca acabou, os filhos do Senhor Alves trataram de vida cada qual por seu lado e as andorinhas tiveram que ir arranjar outros sítios para continuarem as suas vidas.

Abr,22 176.jpg

Agora, muitas habitam o Palácio de Queluz, o local onde o Ventor casou, há muitos anos, quando as suas ascendentes estavam já de abalada. Diz o Ventor que elas, as descendentes das gerações passadas ainda devem andar por aí. Eu acredito no Ventor porque ele estudou as migrações das andorinhas e fixou algo de muito provável. Diz o Ventor que as andorinhas voam entre a Europa e a África a Sul, bem lá para os confins da África. Elas têm de atravessar os desertos, como o Saará e muitas que partem daqui não chegam ao seu destino e as que chegam, quando tentam voltar cá, também não. Muitas morrem de sede e de cansaço ou são apanhadas por predadores!

Mas nesse estudo, diz o Ventor, que os especialistas chegaram a uma conclusão muito interessante. As andorinhas têm dois trilhos predominantes entre a Europa e a África e vice-versa! As andorinhas que escolhem Portugal vêm de Moçambique e as que escolhem a Inglaterra vêm da África do Sul. Segundo consta, elas seguiam os barcos que caminhavam entre esses países e através dos séculos ganharam hábitos. Esses hábitos ter-se-ão tornado para elas uma rotina de vida.

Mas agora, depois da minha história não acham que chegou a altura de não prejudicarem mais as andorinhas? As pessoas não gostam que as andorinhas façam os ninhos nos tectos das suas varandas, porque acham ser uma porcaria e trazem piolhos e tudo isso. Mas hoje, não há piolhos que resistam ao modernismo e com um pouco de vontade cabemos todos na varanda. As nossas varandas são fechadas, mas o Ventor diz que se as andorinhas quisessem fazer a sua mansão nas suas esquinas caberíamos todos e eu garanto-vos que também deixava! Protejam as andorinhas. Elas são tão lindas! E são muito úteis a comer biliões dos nossos inimigos - mosquitos.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

Os bichos do Ventor

O Ventor pensa que esta vespa, que dará três de uma vespa daquelas normais que estamos habituados a ver, foi a que saíu do buraco que viu o outro dia. Voou à sua volta e o Ventor tirou-lhe duas fotos, mas esqueceu-se dela depressa.

 Abr,21 032.jpg 

Uma vespa gigante!

E sabem porquê? O Ventor junto de um pequeno pinheiro, entretido com a vespa, viu um ninho e recordou-se dos seus belos tempos de menino. Deixou a vespa que não o largava, partindo ela toda chateada por o Ventor não lhe ligar. O Ventor olhou o pinheirito e o ninho nele instalado e foi verificar se a casota dos seus amigos estava para venda, se estava em ruínas ou se era actual. E era actual! Tão actual que tinha cinco ovinhos! Olhem para isto!

Abr,21 036.jpg

 Um belo ninho de pintassilgo com cinco ovinhos

Bela moradia com futuro. Será? A casinha estava bem arranjada e era nova, mas o Ventor só lhe tirou a foto depois de se certificar que não estava por ali nada de pássaros e não utilizou o flash para não prejudicar os ovos e o seu conteúdo. Agora só falta saber qual o tipo de pássaros que fizeram aquela bela vivenda, embora lhe pareça que são pintassilgos. Espero que tenham êxito na sua nova moradia pois o Ventor pensa que eles não foram nada cautelosos com o local onde decidiram construir. Pode ser que tenham sorte.


O Quico também sonhou ao lado do Ventor. A vida solitária e nefasta dos seus amigos que observava do seu Miradouro, foi sempre, a sua grande arrelia

Pág. 1/2