O Zé está vaidoso
O meu amigo Zé está um vaidoso. O Ventor disse-lhe que ele andava com a língua de fora à pank e ele agora não quer outra coisa.
O Zé "amarafado"! Vejam só! Não acham que esta língua merece uma arranhadela do vosso amigo Quico?
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O meu amigo Zé está um vaidoso. O Ventor disse-lhe que ele andava com a língua de fora à pank e ele agora não quer outra coisa.
O Zé "amarafado"! Vejam só! Não acham que esta língua merece uma arranhadela do vosso amigo Quico?
Morreu o Asinhas, o amigo do Ventor. Morreu de morte natural apesar de viver entre os gatos. Como vêm, os da minha espécie não são assim tão maus!
O Asinhas
O Asinhas morreu, aparentemente saudável. Comia bem e safava-se. Mas não era vida para pombo. Nunca foi capaz de voar e isso era, certamente, uma tristeza na vida do Asinhas. O Pantufinhas é que não gostou nada de ver o seu amiguinho tombado no fundo da gaiola. Foi um convívio de anos. Não tenho a certeza, mas foram 3 a 4.
A morte é realmente uma tristeza e o Ventor está triste porque o Asinhas nunca mais o vai esperar à porta quando for visitar a sua dona, o seu dono e os seus companheiros de jornada. Como diz o Ventor, é sempre uma amargura perder vidas que caminham a nosso lado.
O Zé, às vezes vai às amoras com o Ventor e depois conta-me histórias, muitas histórias! Mas há histórias que eu não posso contar aqui, senão o meu amigo Zé zanga-se comigo. Na albufeira de Santa Susana a história só acaba quando abandonam aquele grande "mar" de água!
O Zé não gosta de ver o Ventor perder tempo com os outros bichos. Amandou-se pela água dentro para correr com uma cegonha que se estava a fazer à conversa com o Ventor e queria apanhar todas a libélulas que o Ventor tentava fotografar!
Amoras das silvas
No meio das silvas, enquanto o Ventor fotografa as amoras, o Zé quer cheirar os rastos dos coelhos e dos ratos e sei lá que mais! Mas o Zé tem muitas histórias tristes contadas pela sua vida desgraçada até os seus novos donos o conseguirem apanhar lá por Alfragide.
O Zé não gosta de andar de carro, mas lá se sacrifica só para não ficar sem aqueles que lhe arranjaram uma vida de príncipe. Mas em Junho, no Algarve, o Zé ia morrendo e o Ventor ainda não sabe porquê! Talvez de um golpe de calor. O Zé ficou na praia com os donos e a minha dona enquanto o Ventor foi esturricar para as falésias onde andou kms até ao almoço!
Quando regressaram da praia dos Salgados para a Senhora da Rocha, ao passarem no Centro de Armação de Pera, o Zé sentiu-se muito mal e até perdeu os sentidos.
Pararam o carro no meio da rua, tiraram o zé cá para fora e improvisaram ali os primeiros socorros. A minha dona começou a despejar-lhe a garrafa de água de luso pela cabeça abaixo e diz o Ventor que só se ouvia gritar pelo Zé! O Zé quando veio a si, trocava os passos e cambaleava. Não se segurava de pé e olhava para eles com um olhar tão triste que até parecia que lhes dizia que ia morrer. Foi muito triste ver assim o Zé e durante três dias ele foi tratado como um príncipe. Talvez o Príncipe das Marés!!!
Ao começar a melhorar, lutou com dois do tamanho dele, mas estava debilitado e teve de fugir para o apartamento! Segundo disse a dona dele, ele também deu! Mas eram dois e achou que a casa era o melhor sítio. Mas à noite foi o Ventor que o levou à rua e foram tropeçar nos outros dois. Foram eles que fizeram agulha e obrigaram o dono, um romeno, a dar uma grande volta para ir para casa! Terão dito: "é melhor debandarmos que o gajo está na terra dele"! Mas não, eles é que estavam na terra deles, eram algarvios segundo disse o dono, ao Ventor, no dia seguinte.
O Zé é um fenómeno e já somos amigos!